4 de janeiro de 2011

Amar é uma decisão


Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra."

Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.

Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra."(Gn 1, 26-28)


Preste atenção:"façamos o ser humano a nossa imagem e semelhança". Deus nos criou a sua imagem. Ele nos fez a sua semelhança.
Diante desta afirmação logo nos vem a pergunta: Quem é Deus? Se somos a imagem e semelhança de Deus precisamos saber quem é Deus.
 A própria palavra de Deus nos responde:

Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.  
Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. (1Jo 4, 7-8)


Ai está a resposta "Deus é Amor". Logo á frente São João vai repetir:

"DEUS É AMOR:quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus permanece nele"(1Jo 4-16).


Nessas duas passagens encontramos muito claramente a resposta à pergunta: Quem é Deus? - "Deus é amor".

Fomos feitos à semelhança de Deus que é amor. A imagem de Deus amor foi impressa em nós. Assim como o espelho reproduz a nossa imagem, nós reproduzimos Deus amor.

Em outras palavras, fomos criados para realizar aquilo que Deus é: fomos criados para amar. Já encontramos uma grande e maravilhosa verdade.

Primeiro: fomos criados á imagem e semelhança de Deus.

Segundo: fomos criados para ser o que Deus é. Deus é amor, portanto fomos feitos para amar.

No livro do Génesis encontramos uma coisa muito interessante:


"Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher ele os criou"(Gn 1-27)


Por que Deus fez questão de salientar "Homem e mulher ele os criou"?


Porque Deus criou o homem e a mulher para se amarem um ao outro, porque ele colocou no homem e na mulher uma atração mútua. Porque ele os criou para unirem numa relação sexual e assim cooperarem com Deus para criar outros homens e mulheres à imagem e semelhança de Deus. Porque Deus criou o homem homem ea mulher mulher. Não estranhe essa maneira de dizer. Realmente Deus criou o homem para ser totalmente homem, para ser másculo em todo o seu ser e agir. Igualmente Deus criou a mulher para ser feminina, totalmente feminina, mulher em todo o seu ser e agir.


Explicou esta realidade importante: Deus criou o homem homem e criou a mulher mulher.


Você que é homem pensa, sente, quer, decide, age como homem, reage de maneira masculina.Você ama à maneira masculina. é uma forma masculina de amar, de ser amor, de ser imagem e semelhança de Deus.

Você que é mulher tem outra maneira de amar. Você tem outro jeito de sentir, pensar, imaginar, você age de maneira feminina. Não é que um seja mais que outro. Não. Mas o "Jeito de ser" do homem é um e o "Jeito de ser" da mulher é outro.


A gente costuma dizer que a mulher completa o homem e o homem completa a mulher. Os dois são complemento um para o outro. Mas isso não quer dizer que o homem seja incompleto ou que a mulher seja incompleta. Na verdade os dois são completos. O homem completa a mulher e a mulher completa o homem fecundando-se um ao outro. É assim que um completa o outro. O homem fecunda a mulher, mas a mulher também fecunda o homem.


Eu explico: tanto o homem quanto a mulher têm potencialidades dentro de si, mas que estão como que retidas. Quando fecundadas, essas potencialidades vêm para fora. É importante para nós homens sermos fecundados pelas mulheres. Igualmente é importante para as mulheres serem fecundadas pelos homens em suas potencialidades.


A presença feminina da mulher que é mãe, irmã, companheira fecunda a nós que somos homens e faz com que nossas potencialidades venham á tona. Não é apenas a presença da mulher esposa, noiva ou namorada que nos fecunda. Não!A simples presença da mulher companheira, irmã é essencial para sermos fecundos em nossas mais ricas potencialidades, mais ainda retidas.


Muito mais: a presença e a ação da mulher como mão é imprescindivel para que nossas potencialidades venham a tona e se realizem.


Nós homens precisamos da presença, do carinho, da ação... e também das reações próprias da mulher, para que muitas das nossas potencialidades existentes, mas ainda retidas, venham a luz e se atualizem.


Igualmente as mulheres precisam da presença, do carinho, da ação... Precisam do nosso jeito de ser, para que suas potencialidades venham a tona.


O Homem se torna mais homem pela presença fecundante da mulher. Você que é mulher se torna mais mulher pela presença fecundante do homem.


É uma coisa maravilhosa! O homem se torna mais homem! A mulher se torna mais mulher! É esse o lindo mistério da mútua fecundação. É assim que o homem e a mulher se completam um ao outro. O homem precisa da mulher para ser mais homem. A mulher precisa da mulher para ser mais mulher. Ambos se fecundam.



 Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.(Gn 1,27)

Dai sim Ele pode dizer: "sede fecundos".

A primeira fecundidade vem da linda realidade de homens e mulheres se fecundarem um ao outro e assim se tornarem tudo aquilo que Deus quer. Homem e Mulher em plena posse de suas potencialidades.

Como é linda a criação de Deus!
 EDERSON GOUVEA


29 de dezembro de 2010

Vigie suas Palavras

  • O rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tornara célebre. Dizia-se: João Batista ressurgiu dos mortos e por isso o poder de fazer milagres opera nele. .Uns afirmavam: É Elias! Diziam outros: É um profeta como qualquer outro. .Ouvindo isto, Herodes repetia: É João, a quem mandei decapitar. Ele ressuscitou! .Pois o próprio Herodes mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado. 18.João tinha dito a Herodes: Não te é permitido ter a mulher de teu irmão. .Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, não o conseguindo, porém. .Pois Herodes respeitava João, sabendo que era um homem justo e santo; protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente o ouvia. Chegou, porém, um dia favorável em que Herodes, por ocasião do seu natalício, deu um banquete aos grandes de sua corte, aos seus oficiais e aos principais da Galiléia. .A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e dos seus convivas. Disse o rei à moça: Pede-me o que quiseres, e eu to darei. E jurou-lhe: Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja a metade do meu reino. Ela saiu e perguntou à sua mãe: Que hei de pedir? E a mãe respondeu: A cabeça de João Batista. Tornando logo a entrar apressadamente à presença do rei, exprimiu-lhe seu desejo: Quero que sem demora me dês a cabeça de João Batista. O rei entristeceu-se; todavia, por causa da sua promessa e dos convivas, não quis recusar. .Sem tardar, enviou um carrasco com a ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi, decapitou João no cárcere, trouxe a sua cabeça num prato e a deu à moça, e esta a entregou à sua mãe. .Ouvindo isto, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro”. (Mc 6,14-29)
  • Nesse evangelho, Marcos recorda o episódio da morte de João batista e como Herodes, cheio de remorso, pensava que Jesus fosse João redivivo. O cruel assassinato de João havia marcado para sempre o coração de Herodes, talvez por ter sido algo tão banal quanto injusto. De fato segundo Marcos, a única razão que obrigou o rei a liquidar João foram suas palavras precipitadas, ditas num momento de exaltação e descontrole. Um velho ditado diz que “ palavras de ei não volta atrás” e, se assim é verdadeiramente, Herodes havia se comprometido com suas palavras a realizar os caprichos de uma jovem dançarina; o astuto rei tornou-se prisioneiro da jovem cortesã por causa de suas palavras impensadas.
  • É preciso que aprendamos a vigiar nossas palavras, querido irmão. Palavras precipitadas, ditas em momentos de “sangue quente”, podem ser o começo de novos e maiores problemas. Palavras precipitadas, ditas em momentos de “sangue quente”, Podem ser o começo de novos ou maiores problemas. Peça ao Senhor que, no dia de hoje, o Espírito Santo seja um vigia à frente de seus lábios, para que eles não se tornem um laço para prendê-lo em situações de embaraço e perigo. Uma só palavra inspirada pelo Espírito tem mais poder para fazer o bem do que muitas palavras ditas debaixo da ira e do nevrosismo. É preciso saber a hora de falar e a hora de calar…
  • Oremos pedindo sabedoria para usar palavras abençoadas hoje:
  • Pai querido, aprendi hoje que palavras malditas são cadeias que me aprisionam a situações de perigo e de destruição. Perdoa-me, Senhor, por que devido à minha constante precipitação no julgar e no falar tenho sido injusto e impiedoso com tantas pessoas. Perdoa-me se me envolvi em contendas desnecessária pelo meu modo errado de me expressar. Pai, preciso do teu Espírito para discernir quando devo falar e quando devo calar. Preciso dele igualmente para saber como falar, a fim de alcançar com o amor o coração dos meus irmãos. Usa minhas palavras hoje como semente de benção, ó Senhor. Dá-me palavras cheias de paciência, prudência, perdão e bondade. Usa-me, Pai, como um arauto de boas-novas para vida dos meus irmãos, em nome de Jesus.
  • Fonte : Canção Nova

O Ministério da Palavra

Na conclusão da 46ª Semana Social dos católicos italianos, em Reggio Calabria, pareceram-nos particularmente atuais estes trechos retirados de um artigo escrito por Igino Giordani em 1959, para a revista Fides.
«A palavra e a nossa vida devem ser veículos da glória de Deus. Desta forma o cristão imita e, de certo modo, prolonga o Verbo encarnado, o qual coepit facere et docere: começou a fazer (atos) e a ensinar (palavras), e disse «Quem faz e ensina será considerado grande no reino dos céus» (cf. Mt 5,19).
(…) Na palavra de Deus encontram-se, como num sacrário, as três Pessoas da Trindade: o Pai que dá a lei, o Filho que a anuncia, o Paráclito que a inspira. (…).
A palavra de Deus, viático do Espírito Santo, não deve ser sepultada nas bibliotecas, principalmente se estas – como acontece – são concebidas como cemitérios de volumes; mas deve circular, «ide, e ensinai a todas as gentes» (Mt 28,19). Quando o sacerdote intima – Vão, a Missa terminou! – ordena que se leve fora, pelo mundo, o Evangelho com a vida cristã, de modo que durante o dia inteiro a existência seja um anúncio do Evangelho.
E então, o mistério da palavra torna-se o ministério da palavra.
Os papas, os santos, enviaram e exortaram sacerdotes, e hoje também leigos, a anunciar o Evangelho, mas advertindo sempre que a boa pregação vem de uma boa vida, e que a palavra age se confirmada pelo exemplo de quem fala.
O Evangelho é claro: sim, sim, não, não. Para observá-lo é preciso santidade. Quem, para vivê-lo, quer ter o pé em duas tábuas, o reforma: o deforma. E para anunciá-lo é preciso ter o antídoto do temor que é o amor, e aquela independência que é a redenção atuada.
«Nos nossos dias – lamentava-se santa Teresa de Ávila – a liberdade de linguagem não está mais na moda. De fato, os próprios pregadores procuram corromper os seus discursos, para não desagradar ninguém. Certamente devem ter boas intenções… no entanto, não são muitos aqueles que se convertem. Por que os discursos que fazem distanciam tão poucas almas dos vícios públicos? Porque aqueles que pregam têm por demais prudência urbana… e ao contrário, deveriam ter desprezo pela vida e nenhuma estima pela honra. Quando os apóstolos proclamavam a verdade e a defendiam, pela glória de Deus, perder ou ganhar era a mesma coisa para eles». O significado que a palavra tem para o homem é demonstrado pelo fato que os tiranos – ou seja, os desfrutadores e assassinos do homem – como primeiro ato suprimem a palavra e a constrangem a esquemas confeccionados pelos arquivistas. O cristão opõe, com o seu próprio martírio, uma rejeição: «a palavra de Deus não está acorrentada».
Para ensinar a Igreja precisa da palavra livre. As lutas que ela trava pela liberdade de pregação e de ensino, servem para limitar o super-poder de um totalitarismo que diviniza o Estado, isto é, os homens que regem o Estado.
Se todos devem anunciar Cristo, depois dos sacerdotes a missão é entregue especialmente aos mestres, aos jornalistas, aos escritores… hoje a técnica os aparelha com a imprensa, a rádio e a tela cinematográfica e televisiva.
Dizia Leão XIII: «Considero o jornal católico como uma missão perpétua». Por determinação ele se torna, de algum modo, partícipe da Igreja docente. De fato, muitos recebem a fé da carta estampada.
Foi afirmado por Ketteler que São Paulo, hoje, seria um jornalista. Se os jornalistas o soubessem se compenetrariam da missão que lhes foi confiada: ser portadores da verdade e da bondade, e portanto, do verbo de Deus».
I.Giordani, “O mistério (e o ministério) da palavra”, Fides, julho-agosto 1959.

O ápice do Amor

Jesus, por volta das três horas, grita em voz forte:
‘Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?’ (Mt 27,46).
É o ápice de suas dores,
é a sua paixão interior.
É o drama de um Deus que grita:
“Meu Deus, meu Deus,
por que me abandonaste?”
Infinito mistério, dor abissal
que Jesus experimentou como homem.
Dá a medida do seu amor pelos homens.
Quis assumir sobre si a separação
que os mantinha distantes do Pai e entre eles.
E a preencheu.
Qualquer dor do homem
está sintetizada
nesta particular dor de Jesus.
Não é semelhante a Ele o angustiado, o solitário, o árido,
o desiludido, o fracassado, o fraco?
Não é imagem dele cada divisão dolorosa
entre os membros de uma mesma família?
Amando-o, o cristão encontra motivo e força para não fugir
do sofrimento, do mal, da divisão,
mas para aceitá-las e oferecer um remédio.
Jesus Abandonado é a chave da unidade.

Festejando a Alegria do encontro

«Mas era preciso festejar e alegrar-se porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado» (Lc 15,32).
Esta frase se encontra no final da chamada parábola do filho pródigo - que certamente você conhece - e quer revelar-nos a grandeza da misericórdia de Deus. Ela conclui todo um capítulo do Evangelho de Lucas, no qual Jesus narra outras duas parábolas para ilustrar o mesmo assunto.
Lembra-se do episódio da ovelha desgarrada, em que o dono do rebanho procura aquela que se perdera, deixando as outras noventa e nove no deserto?
Lembra-se também da história da dracma perdida e da alegria da mulher que, após encontrá-la, chama as amigas e as vizinhas para se alegrarem com ela?
«Mas era preciso festejar e alegrar-se porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado».
Estas palavras são um convite que Deus dirige a você, e a todos os cristãos, para rejubilar-se com ele, para festejar e participar da sua alegria pela volta do homem pecador que antes estava perdido e depois foi encontrado. E, na parábola, são estas as palavras dirigidas pelo pai ao filho mais velho que havia compartilhado toda a sua vida mas que, após um dia de trabalho duro, se recusa a entrar em casa, onde se festeja a volta de seu irmão.
O pai vai ao encontro do filho fiel - assim como foi ao encontro do filho perdido - e procura convencê-lo. Mas é evidente o contraste entre os sentimentos do pai e os sentimentos do filho mais velho: de um lado o pai, com seu amor sem limites e com sua grande alegria, da qual gostaria que todos participassem; do outro lado o filho, cheio de desprezo e de ciúmes de seu irmão, que ele não reconhece mais como irmão. Com efeito, falando dele, diz: “Este teu filho, que devorou teus bens”.
O amor e a alegria do pai pelo filho que voltou evidenciam ainda mais o rancor do outro, rancor que indica um relacionamento frio - diríamos até falso - com o próprio pai. A este filho importa o trabalho, o cumprimento do seu dever; mas ele não ama o pai como um verdadeiro filho. Ao contrário, mais parece que lhe obedece como a um patrão.
«Mas era preciso festejar e alegrar-se porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado».
Com estas palavras Jesus denuncia um perigo em que também você pode incorrer: viver apenas para ser uma “pessoa de bem”, baseando sua vida na busca da perfeição e criticando os irmãos “menos perfeitos” que você. Na verdade, se você estiver “apegado” à perfeição, construirá o seu ego, ficará cheio de si mesmo, cheio de admiração pela própria pessoa. Será como o filho que permaneceu em casa, e que enumera ao pai os seus méritos: “Há tantos anos que eu te sirvo e jamais transgredi um só dos teus mandamentos”.
«Mas era preciso festejar e alegrar-se porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado».
Com estas palavras, Jesus censura aquela atitude segundo a qual a relação com Deus estaria fundamentada apenas na observância dos mandamentos, porque essa observância não é suficiente. Disso também a tradição judaica está bem consciente.
Nesta parábola Jesus põe em evidência o Amor divino, mostrando como Deus, que é Amor, dá o primeiro passo em direção ao homem sem levar em consideração se ele merece ou não; Deus quer que o homem se abra a ele para poder estabelecer uma autêntica comunhão de vida. Naturalmente, como você pode entender, o maior obstáculo diante de Deus-Amor é justamente a vida daqueles que acumulam ações, obras, enquanto Deus quer simplesmente o seu coração.
“Mas era preciso festejar e alegrar-se porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado”.
Com estas palavras, Jesus convida você a ter, diante do homem pecador, o mesmo amor sem limites que o Pai tem para com ele. Jesus o convida a não julgar segundo a sua própria medida o amor que o Pai tem para com qualquer pessoa. Convidando o filho mais velho a compartilhar a sua alegria pelo filho encontrado, o Pai pede também a você uma mudança de mentalidade: na prática, você deve acolher como irmãos e irmãs também aqueles homens e mulheres pelos quais nutriria apenas sentimentos de desprezo e de superioridade. Isto provocará em você uma verdadeira conversão, porque o purifica da sua convicção de ser “mais perfeito”, evita que você caia na intolerância religiosa e o faz acolher como puro dom do amor de Deus a salvação que Jesus lhe proporcionou.

Papa ensina sete armas espirituais na luta contra o mal

O Santo Padre dedicou a Catequese desta quarta-feira, 29 - última de 2010 - à figura de Santa Catarina de Bolonha, seguindo o ciclo de reflexões sobre grandes mulheres da Idade Média.

O Papa citou o tratado autobiográfico e didático escrito pela santa italiana - As sete armas espirituais -, que oferece ensinamentos "de grande sabedoria e profundo discernimento" sobre as tentações do diabo:

1. ter cuidado e preocupação de trabalhar sempre para o bem;
2. crer que, sozinhos, nunca poderemos fazer nada de verdadeiramente bom;
3. confiar em Deus e, por seu amor, não temer nunca a batalha contra o mal, seja no mundo, seja em nós mesmos;
4. meditar com frequência nos eventos e palavras da vida de Jesus, sobretudo sua Paixão e Morte;
5. recordar-se que devemos morrer;
6. ter fixa na mente a memória dos bens do Paraíso;
7. ter familiaridade com a Sagrada Escritura, levando-a sempre no coração para que oriente todos os pensamentos e todas as ações.

"Um belo programa de vida espiritual, também hoje, para cada um de nós!", exclamou o Pontífice.

Acesse
.: Catequese de Bento XVI sobre Santa Catarina de Bolonha


"Queridos amigos, Santa Catarina de Bolonha, com as suas palavras e vida, é um forte convite a deixarmo-nos sempre guiar por Deus, a cumprir cotidianamente a sua vontade, também se muitas vezes ela não corresponde aos nossos projetos, a confiar na sua Providência, que nunca nos deixa sozinhos", explicou.

Apesar de todas as tentações e combates espirituais pelos quais passou, Catarina sempre anda de maõs dadas com o Senhor, nunca o abandona.

"E caminhando com a mão na mão do Senhor, anda sobre a via justa e encontra o caminho da luz. Assim, diz também a nós: coragem, também na noite da fé, também em meio a tantas dúvidas que possam existir, não deixa a mão do Senhor, caminha com a tua mão na Sua mão, crê na bondade de Deus; assim, andarás sobre a estrada justa!", disse o Bispo de Roma.

Bento XVI também destacou a grande humildade de Catarina, que não desejou ser qualquer coisa, não desejou aparecer. "Desejou servir, fazer a vontade de Deus, estar ao serviço dos outros. E exatamente por isso Catarina era credível na autoridade, porque se podia ver que, para ela, a autoridade era exatamente servir aos outros", ressaltou.


Santa Catarina

Mulher de vasta cultura, mas humilde. Dedicada à oração, mas sempre pronta a servir. Generosa no sacrifício, mas cheia de alegria para acolher com Cristo a cruz. Assim o Pontífice definiu Santa Catarina.

Ela nasce em Bolonha, na Itália, em 8 de setembro de 1413. As notícias sobre sua infância são escassas. Aos 10 anos, muda-se com a família para a cidade Ferrara, onde se torna dama de honra de Margherita, filha do Marquês do local. Começa a ter acesso a um vasto petrimônio artístico e cultural, que irá valorizar muito quando iniciar sua vida monástica.

Segundo o Papa, uma das características que a distingue de modo absolutamente claro é ter o espírito constantemente voltado para as coisas do Céu. Em 1427, com 14 anos, deixa a corte para unir-se a um grupo de jovens de famílias nobres que viviam em comum, consagrando-se a Deus.

Nesta nova fase da vida, tem notáveis progressos espirituais, mas também são grandes e terríveis as provações, sofrimentos interiores e tentações do demônio. Vive a noite do espírito, especialmente pela tentação da incredulidade com relação à Eucaristia, da qual é consolada pelo Senhor, após tanto sofrer, através de uma visão. A partir daí, toma consciência da presença real eucarística.

Em 1431, tem uma visão do juízo final. A terrível cena dos condenados a leva a intensificar orações e penitência pela salvação dos pecadores.

Catarina escreve sobre esse combate com o desejo de "alertar sobre as tentações do demônio, que se esconde frequentemente atrás de aparências enganadoras, para depois insinuar dúvidas de fé, incertezas vocacionais, sensualidade", disse Bento XVI.

No convento, apesar dos costumes da Corte, desenvolve os serviços mais humildes com amor e obediência. "Ela vê, de fato, na desobediência aquele orgulho espiritual que destrói toda outra virtude", ressalta o Papa.

Em 1456, seu mosteiro é chamado a criar uma nova fundação em Bolonha. Apesar de preferir terminar seus dias em Ferrara, o Senhor lhe aparece em visão para que aceite o encargo de Abadessa na nova missão. Parte com 18 outras irmãs.

No início de 1463, uma enfermidade se agrava e ela reúne-se com as irmãs em Capítulo pela última vez, para anunciar a sua morte e recomendar a observância da regra. Em 9 de março de 1463, falece. É canonizada pelo Papa Clemente XI em 22 de maio de 1712. A cidade de Bolonha, na capela do mosteiro de Corpus Domini, preserva o seu corpo incorrupto.


A audiência

O encontro do Bispo de Roma com os cerca de 8 mil fiéis reunidos na Sala Paulo VI aconteceu às 7h30 (horário de Brasília - 10h30 em Roma).

Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:

"
Amados peregrinos de língua portuguesa, que viestes junto do túmulo de São Pedro renovar a vossa profissão de fé: a minha saudação de boas vindas para todos vós, em particular para o grupo de Escuteiros de Penedono, desejando-vos abundantes dons de graça e paz do Deus Menino, que imploro para vós e vossas famílias com a minha Bênção Apostólica".


O Papa saudou os membros dos Legionários de Cristo, do Movimento Regnum Christi e dos Missionários Seculares Scalabrinianos, presentes na cerimônia.
Caros,
 
Com licença poética, gostaria de dizer que "Nossa Senhora está sentindo as contrações do parto do Menino" que veio para mudar a história da humanidade. Que nossos corações permitam que este Menino nasça e frutique em nosso meio. O Dom da Vida que se celebra a cada instante, do nascer ao por do Sol, te chama a uma experiência ímpar... muitas vezes insistimos em equalizar o que nos dá oportunidade de sermos maiores e melhores na fé.
 
  • Que neste natal a palavra AMOR, PERDÃO e COMUNHÃO sejam colocadas em prática no acolhimento do próximo, dos irmãos e principalmente por aqueles que precisam do nosso perdão, ou mesmo nos perdoar. Natal é experiência de vida, reunião de povos, de reis (magos) para o nascimento de apenas um rei, o Salvador, Jesus.
 
Este, se fez carne e nos mostrou que é possível amar, ser livre e seguir as vontades de Deus. Façamos deste exemplo nosso exercício diário. Caso cansemos, seu jugo será manso e suave, como sempre é, e nos dará o devido descanso e sustento quando preciso for.